segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

O amor e as estações

Amor e estações...
Há muitas especulações!
Entre raios e trovões.
Permanecem as tradições.

Quero um amor na primavera!
Assim perfuma-se o leito.
Rosas, jasmins e a hera,
Abrem uma brecha no meu peito.

Tudo bem...
A hera pode ser tóxica e as rosas têm espinhos...
E o jasmim com toda a classe.
Produz a beleza e o perfume dos ninhos.

Nem tudo é perfeito!
Mas uma coisa digo aos românticos contumazes.
Quem resiste aos espinhos das rosas e da hera o efeito.
Ao amor se tornam capazes.

Ah! Meu amor! Venha no outono.
Pois colheremos os deliciosos frutos do amor.
Plantaremos juntos um pomar.
E nossa vida terá muito sabor.

Mas não se esqueça de uma coisa.
Pomares atraem pragas... Mas resistamos de mãos dadas.
E que a essência do amor,
Cure todas as chagas.

Assim quando a chuva chegar.
Novos ramos vão brotar.
E o cheirinho de terra molhada.
Faz a alma se acalmar.

Se vieres no inverno.
Vamos fazer uma lareira.
Aqueçamos um ao outro.
Como se o amor fosse eterno.

Doce amor de inverno...
Que nos envolve em lençóis dourados.
Quem dera fosse eterno!
Mas efêmero, esvai-se nos ais desvairados.

Mas venha no verão.
Onde os raios nítidos do sol rútilo.
Aquecerão com gotas refulgentes.
Esse amor incandescente.

Ainda que gotas estrépitas,
Insistam em desmoronar nosso castelo de areia.
Subsistiremos carregados pelas ondas.
E no fundo do oceano seremos transformados em pérolas.
E perpetuaremos esse amor que resistiu
Às intempéries de todas as estações.










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